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Reporting the underreported threat of nuclear weapons and efforts by those striving for a nuclear free world. A project of The Non-Profit International Press Syndicate Japan and its overseas partners in partnership with Soka Gakkai International in consultative status with ECOSOC since 2009.

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Challenges Remain But Good News For Nuclear Disarmament – Portuguese

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Os desafios permanecem mas há boas notícias para o Desarmamento Nuclear

Por Ramesh Jaura

BERLIM (IDN) – Há um monte de boas notícias na frente de desarmamento nuclear, mas há milhas a percorrer antes que os militantes pela proibição da bomba possam ‘deitar e dormir em paz’. Quase 70 anos após o primeiro uso de armas nucleares em Hiroshima e Nagasaki, cerca de 17 mil continuam a ameaçar a própria sobrevivência da humanidade.

Os poucos países que mantêm essas armas de destruição em massa estão planejando gastar mais de US$ 1.000.000.000.000 ao longo da próxima década para mantê-las e modernizá-las. Mais de um trilhão de dólares ao longo de dez anos, ou US$ 100.000.000.000 por ano.

Enquanto a maior parte disso vem dos contribuintes em impostos dos países com armas nucleares, um novo relatório mostra que “o setor privado está investindo mais de US$ 314.349.920.000 nas empresas privadas que produzem, mantêm e modernizam os arsenais nucleares na França, Índia, Reino Unido e os EUA”.

A boa notícia é que 124 países ao redor do mundo, incluindo os estados relutantes do guarda-chuva nuclear, como o Japão, endossaram um marco declaratório enfatizando que “é do interesse da própria sobrevivência da humanidade que as armas nucleares nunca sejam usadas novamente, sob nenhuma circunstância”.

De fato, conforme a ICAN ressalta, a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares, só em 2013 o número de estados e organizações internacionais compelidos pela evidência inegável do impacto humanitário das armas nucleares tem crescido exponencialmente, expressando profunda preocupação com os progressos limitados de desarmamento nuclear.

Em março de 2013, a conferência sobre o impacto humanitário das armas nucleares, realizada em Oslo pelo Governo da Noruega, concluiu que nenhum plano de reação internacional poderia efetivamente ser colocado em prática para responder a uma detonação nuclear.

Em setembro, a primeira reunião de alto nível sobre o desarmamento nuclear, convocada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) , apesar da resistência de Estados com armas nucleares, colocouo foco na abordagem humanitária e inúmeras chamadas para proibir armas nucleares. Com base nesta dinâmica,o governo do México anunciou uma conferência para continuar a discussão em torno do impacto humanitário das armas nucleares, a ser realizada em 13-14 fevereiro de 2014 em Nayarit, na Costa do Pacífico do país.

O significado da declaração conjunta emitida pela Nova Zelândia em 21 de outubro de 2013 na Primeira Comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas é sublinhada pelo estudo Don’t Bank on the Bomb (‘Não se fie na Bomba’) da organização de paz holandesa IKV Pax Christi juntamente com a ICAN, a Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares.

Perante este cenário, a Soka Gakkai International ( SGI ), uma organização que tem estado envolvida na busca de um mundo livre de armas nucleares por mais de meio século, deu boas-vindas e expressou seu apoio “ao esforço contínuo para esclarecer a natureza desumana das armas nucleares e estabelecer uma norma internacional clara contra a sua utilização em quaisquer circunstâncias”.

As consequências catastróficas que resultariam de qualquer uso de armas atômicas,  disse à IDN o Diretor Executivo de Assuntos da Paz da SGI, Hirotsugu Terasaki, pedem pelo próximo passo, que obriga os governos “afirmarem inequivocamente que seu uso seria uma violação do direito humanitário internacional”.

Ao mesmo tempo, Terasaki, que também é vice-presidente da Soka Gakkai, apontou as “limitações práticas do argumento humanitário para a proibição das armas nucleares – mais criticamente a contínua falta de cooperação dos Estados com armas nucleares”.

Ele pediu esforços conjuntos para alcançar os líderes de opinião e formuladores de políticas nos estados com armas nucleares: “Muitos deles já reconheceram a falência essencial da doutrina de dissuasão em um mundo onde os atores não-estatais estão buscando o acesso à tecnologia de armas nucleares e afirmaram que um mundo livre de armas nucleares será um mundo mais seguro”.

Neste sentido, a sociedade civil é confrontada com um desafio importante, disse Terasaki: “desenvolver uma linguagem comum para que tanto Estados possuidores como não possuidores de armas nucleares possam se envolver em um diálogo produtivo”.

E isto porque, Terasaki acrescentou, “é um imperativo tanto prático como moral livrar o mundo dessas armas apocalípticas. Nesse sentido, o trabalho de eliminar essas armas é essencialmente um empreendimento global, no qual todas as partes têm um papel construtivo a desempenhar.”

Por quê há milhas a percorrer para inaugurar um mundo livre de armas nucleares é ilustrado pelo IKV Pax Christi e o relatório ICAN,Don’t Bank on the Bomb. É o único relatório a apresentar como 298 instituições financeiras públicas e privadas de todo o mundo investem quase US$ 314 milhões em 27 empresas envolvidas na produção, manutenção e modernização de armas nucleares.

O sumário executivo do relatório lista todas as instituições financeiras que são encontrados como tendo relações de financiamento com produtores de armas nucleares. 175 são baseadas na América do Norte, 65 na Europa, 47 na Ásia-Pacífico, dez no Oriente Médio e uma na África. Nenhuma está baseada na América Latina ou no Caribe. Entre os bancos e outras instituições financeiras mais fortemente envolvidas estão: Bank of America, BlackRock e JP Morgan Chase, nos Estados Unidos; Royal Bank of Scotland, no Reino Unido; BNP Paribas na França, Deutsche Bank, na Alemanha, e Mitsubishi UFJ Financial no Japão.[IDN-InDepthNews – 28 de outubro de 2013]

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